quarta-feira, 22 de maio de 2013


1. Introdução                                             
As algas tem um papel importantíssimo na biosfera. Elas são grandes produtoras de oxigênio no nosso planeta, são as “árvores dos oceanos”. Além disso, são produtoras primárias, formam a base da cadeia alimentar desses ecossistemas, onde o homem estar muitas vezes no topo.


Outra grande importância das algas é que são indicadoras de determinados problemas ecológicos. Um exemplo disto é quando se vê um tapete de alfaces do mar ou de algas azuis em uma zona aquática. Estudos mostram que o fenômeno pode ser uma indicação de poluição e pode levar à destruição da biodiversidade em uma massa de água como lagos e estuários, uma vez que as algas que morrem são decompostas, levando à diminuição do oxigênio e o aumento de nitrogênio na água. Esse assunto é também abordado no curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFJF, principalmente no que diz respeito à sua ocorrência em água para abastecimento humano.
O crescimento acelerado das algas, denominado eutrofização e que pode gerar problemas na proteção de sistemas de águas doce e costeiras, é ocasionado a partir de descargas de esgotos domésticos e industriais dos centros urbanos e das regiões agricultáveis. Este processo provoca um enriquecimento, principalmente de fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos e, consequentemente, causa perda das qualidades cênicas como também o desencadeamento de uma cascata de efeitos ecológicos, os quais resultam em redução da biodiversidade aquática e no crescimento intenso organismos muitas vezes indesejáveis, como algas e macrofilas aquáticas. O aumento da atividade humana em bacias de drenagem tem acelerado o processo de eutrofização nas últimas décadas.
Devido à alta densidade populacional e a intensa atividade industrial, pesquisas tem demonstrado que a qualidade da água de muitos reservatórios no sudeste do Brasil, está comprometida devido ao alto número de nutrientes e metais tóxicos, que podem levar a morte como aconteceu em 1996 no nordeste do Brasil, onde cinquenta pessoas morreram por intoxicação devido às toxinas. O incidente ficou conhecido como Síndrome do Caruaru. 

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