terça-feira, 18 de junho de 2013

Km 98 – Folhelhos (Formação Manacapuru).

São denominados assim  devido sua formação ser uma espécie de camada sobre camada e que ao puxar as camadas soltam-se umas das outras. Diferenciam-se dos argilitos por que possuem lâminas finas e paralelas esfoliáveis. Enquanto que os argilitos apresentam as argilas com aspectos mais maciço.

Km 131 – Icnofósseis 


São animais que a milhares de anos atrás passaram por determinada área deixando registros de sua existência. Esse fator deu-se graças a inundação marinha que ocorreu neste lugar. Elas formam-se quando o animal anda sobre um solo que não está totalmente consolidado,por exemplo,uma área úmida ou lamacenta.

Km 108 – formação Nhamundá

Os ciclos sedimentares são diferenciados por um ciclo continental fluvial sobreposto por um ciclo marinho e terminando por um ciclo continental Fluvial.
Arenitos ,neríticos e depósitos glaciogênicos  do Llandovery e Wenlock inferior, Pitinga, membro superior e inferior, Pitinga, membro superior e inferior (Folhelhos e Diamictitos marinhos.
Km 96 – Cachoeira da Asframa

Nesta área estão localizados os registros de Icnofósseis, estes viveram e vivem numa região com o fluxo de água parada,onde podiam se movimentar no substrato ,indicando um fluxo de onda,com a energia desta eles perfuravam na vertical.



Introdução

fotografias tiradas na BR 174 (Manaus-AM).
Com objetivo de identificar, diferenciar, e localizar rochas sedimentares, ígneas e metamórficas.

Km 4- Linha de pedra

Uma linha de pedra com ocorrência de plano de falha,isso ocorre quando há um afastamento de placas. Observando-se também um desgaste nas rochas, que dá-se pelo intemperismo químico causado pela água da chuva (acidez na água da chuva), pelo vento e exposição direta ao sol,levando as partículas que compõem a rocha a degradação. Sua coloração é devido a alta concentração de Hidróxido de Ferro.


Km 56 – Argila Siltosa(Caulin)

De coloração branca devido o intemperismo. Esta é utilizada na fabricação de papel e creme dental.


quarta-feira, 22 de maio de 2013


1. Introdução                                             
As algas tem um papel importantíssimo na biosfera. Elas são grandes produtoras de oxigênio no nosso planeta, são as “árvores dos oceanos”. Além disso, são produtoras primárias, formam a base da cadeia alimentar desses ecossistemas, onde o homem estar muitas vezes no topo.


Outra grande importância das algas é que são indicadoras de determinados problemas ecológicos. Um exemplo disto é quando se vê um tapete de alfaces do mar ou de algas azuis em uma zona aquática. Estudos mostram que o fenômeno pode ser uma indicação de poluição e pode levar à destruição da biodiversidade em uma massa de água como lagos e estuários, uma vez que as algas que morrem são decompostas, levando à diminuição do oxigênio e o aumento de nitrogênio na água. Esse assunto é também abordado no curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFJF, principalmente no que diz respeito à sua ocorrência em água para abastecimento humano.
O crescimento acelerado das algas, denominado eutrofização e que pode gerar problemas na proteção de sistemas de águas doce e costeiras, é ocasionado a partir de descargas de esgotos domésticos e industriais dos centros urbanos e das regiões agricultáveis. Este processo provoca um enriquecimento, principalmente de fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos e, consequentemente, causa perda das qualidades cênicas como também o desencadeamento de uma cascata de efeitos ecológicos, os quais resultam em redução da biodiversidade aquática e no crescimento intenso organismos muitas vezes indesejáveis, como algas e macrofilas aquáticas. O aumento da atividade humana em bacias de drenagem tem acelerado o processo de eutrofização nas últimas décadas.
Devido à alta densidade populacional e a intensa atividade industrial, pesquisas tem demonstrado que a qualidade da água de muitos reservatórios no sudeste do Brasil, está comprometida devido ao alto número de nutrientes e metais tóxicos, que podem levar a morte como aconteceu em 1996 no nordeste do Brasil, onde cinquenta pessoas morreram por intoxicação devido às toxinas. O incidente ficou conhecido como Síndrome do Caruaru. 


2. Manutenção do Oxigênio Atmosférico
O oxigênio é um gás de importância fundamental para os processos vitais do nosso planeta, utilizado na respiração da maioria dos seres vivos, As algas e as plantas também absorvem oxigênio na respiração, mas, pela fotossíntese, liberam esse gás, possibilitando sua renovação contínua no ambiente. A maior parte do oxigênio inspirado é utilizada pelos seres vivos na produção de energia que mantém seus sistemas vitais.
O ciclo do oxigênio encontra-se entre a biosfera e a litosfera, os organismos marinhos na biosfera criam conchas de carbonato de cálcio (CaCO3) que é rico em oxigênio. Quando o organismo morre, a sua concha é depositada no chão do mar e enterrado ao longo do tempo para criar a rocha na litosfera, as planta e animais extraem nutrientes minerais das rochas e libera oxigênio durante o processo.
A maior parte do oxigênio existente ( 99.5%), está concentrada na crosta e no manto da litosfera, apenas uma pequena fração está contida na atmosfera (0.49%) , isto representa cerca de 20% da atmosfera, uma parte muito menor do oxigênio está contida na biosfera (0.01%). A  porcentagem contida na atmosfera é usada pelas plantas e animais durante a respiração, além disso, fungos e muitas bactérias utilizam esse gás, quando decompõem plantas e animais mortos. Queimar madeira e outros combustíveis também exige O2.
A fotossíntese é o principal processo responsável pela manutenção do oxigênio na atmosfera, ela repõe o que é constatemente retirado, principalmente, pelo processo da respiração e transformação do dióxido de carbono e água em oxigênio e açúcar. Veja na fórmula a seguir:
6CO2 + 12H2O + energia → C6H12O6 + 6H2O + 6O2

Um processo adicional de oxigênio é a fotólise, onde energia proveniente de radiação ultravioleta decompõe água atmosférica e óxido de azoto:
2H2O + energia → 4H + O2
2N2O + energia → 4N + O2
O principal processo de remoção de oxigênio da atmosfera é a respiração:
C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + energia.
Uma teoria interessante é que o fósforo (P) nos oceanos, ajuda a regular a quantidade de oxigênio atmosférico, visto que quando dissolvidos na água, torna-se um nutriente essencial para a fotossíntese e um dos principais fatores limitantes. A fotossíntese nos oceanos contribui aproximadamente com 45% do oxigênio total livre em seu ciclo, o crescimento da população de organismos que fazem fotossíntese é limitado principalmente pela disponibilidade de fósforo dissolvido.
Porém, um dos efeitos secundários das minas e das atividades industriais, é o aumento dramático da quantidade de fósforo descarregado nos oceanos, mas esse aumento não reflete em um aumento correspondente à fotossíntese nos oceanos. Isto acontece porque a alteração no número da população que faz fotossíntese, resulta em maiores níveis de oxigênio na água.
Os elevados níveis de oxigênio, promovem o crescimento de certo tipos de bactérias que competem pelo fósforo dissolvidos, o que limita a quantidade de fósforo disponível para a fotossíntese nos oceanos, limitando a população total assim como os níveis de O2.
O ciclo do oxigênio e do carbono estão ligados: a fotossíntese consome dióxido de carbono e produz oxigênio, a respiração por sua vez, consome o oxigênio e produz dióxido de carbono.
A manutenção das taxas desses gases no ambiente, depende desses dois processos opostos: a fotossíntese, que é realizada somente durante o dia e a respiração que é um processo contínuo realizado por animais e plantas.
È interessante notar que o O2 produzido participa também da formação da camada de ozônio (O3) na atmosfera que é de extrema importância para a humanidade, pelo papel que exerce de filtrar as radiações ultravioletas e que vem sendo destruída ao longo dos anos, por ações drásticas tomadas pelo próprio homem. Sendo assim ele é considerado o mais conhecido e difundido dos gases, pois seu uso, além de ser medicinal, traz inúmeras vantagens ao mercado econômico como, por exemplo, às indústrias siderúrgicas e metalúrgicas, podendo até ser engarrafado para ser respirado em diversas práticas desportivas como o submariníssimo ou em atividades profissionais para acessar os locais de pouca ou nenhuma ventilação, ou até em atmosferas contaminadas.
Além disso, possuem a vantagem de se reproduzirem de forma extremamente rápida, seja em água salgada, doce ou até mesmo contaminada, sem ocupar terras agricultáveis.

3. Poluição e Algas Bioindicadoras
A presença no ecossistema de certas plantas ou outras formas de vida vegetativa, podem fornecer importantes informações sobre a saúde do ambiente. Os liquens, uma associação entre algas e fungos, respondem às mudanças ambientais em florestas, inclusive as mudanças na estrutura florestal, qualidade do ar e clima, o desaparecimento dos liquens em uma floresta, pode indicar estresse ambiental, ocasionado por fatores tais como, o aumento nos níveis de dióxido de enxofre, poluentes a base de enxofre e óxidos de nitrogênio. A composição e a biomassa total de espécies de algas nos sistemas aquáticos,servem como um importante parâmetro de medida para a poluição orgânica e sobrecarga de nutrientes tais como nitrogênio e fósforo.
Microorganismos podem ser usados como indicadores da qualidade de ambientes aquáticos e terrestres e, já que encontrados em grande quantidade, possuem mas facilidade de serem expostos que outros organismos, alguns produzem proteínas chamadas proteínas de estresse, quando esses microorganismos são expostos à contaminantes, como o cádmio e o benzeno, elas podem ser usadas em um sistema de alerta inicial pra detectar baixos níveis de poluição.


3.1 Biocombustíveis                            
  Algas podem ser utilizadas também na produção de biocombustíveis, uma vez que poderão se tornar uma das maiores fontes ambientalmente corretas para essa produção. Como pequenas fábricas biológicas, as algas realizam a fotossíntese pra transformar dióxido de carbono (CO2) e luz do sol em energia. Pelo processo de fotossíntese, produzem lipídios e podem gerar até quinze vezes mais óleo por acre do que qualquer outra planta utilizada para a produção de biocombustíveis.


4. Maré Vermelha.
Este fenômeno é provocado pelo desequilíbrio ecológico, resultante da excessiva proliferação da população de certas algas tóxicas, principalmente as dinoflageladas Gonyaulax Cantenella. Os dinoflagelados pertencem a uma divisão das algas pirrófitas (pyrrophita) do grego PYRRHOS = fogo e FHYTA = plantas, ou seja, planta cor de fogo. Este nome é devido a presença de pigmentos avermelhados no interior dessas algas. São seres unicelulares que possuem dois flagelos diferenciados, um flagelo é orientado segundo o eixo da célula (transversal), que oferece maior locomoção para esta microalga e geralmente possui a forma de hélice, sua reprodução pode ser assexuada por simples divisão e sexuada com a formação de gametas
As causas relacionadas a esse acontecimento podem ser a alteração na sanilidade, oscilação térmica da água, mas principalmente, o excesso de sais minerais, decorrentes do escoamento de esgoto doméstico nas regiões de estuário, alterando as condições abióticas da zona pelágica (de 0 a 200 metros de profundidade), consequentemente afetando o comportamento das espécies planctônicas.
Outra fatalidade é a acelerada reprodução e aglomeração das algas dinoflageladas, com proporcional morte das mesmas, que desencadeiam um efeito catastrófico na fauna aquática local, liberando substâncias tóxicas em alta concentração, capaz de envenenar a água e os organismos que ali vivem, por exemplo, a morte em larga escala de peixes e moluscos. Em geral, os organismos filtradores são os mais atingidos.


5. Florações de Algas
Também denominada Florações das Águas, são fenômenos possíveis de ocorrer em sistemas aquáticos naturais, devido ou não à intervenção direta ou indireta do homem. Consideremos que a mudança visível na cor da água, não deve ser um fator decisivo para determinar a presença ou ausência de florações.
As espécies de ocorrência mais frequentes são: Anabaena circinalisAnabaena ispiroedesMicroystis aeruginosa, para ambientes dulcioliquicolar e Asteriolla japonica e Trichodesmium erytraeum, para a região litorânea e nerítica marinha, respectivamente. A maior frequência dos casos é registrada para o estado do Rio Grande do Sul, fato que se deve, provavelmente, a maior disponibilidade de obtenção de dados.
São várias as causas que podem provocar o desenvolvimento maciço de algas. O aumento da temperatura, nas regiões temperadas é um fator importante para o desenvolvimento do filo plâncton, pois as altas temperaturas que se registram no verão, contribuem para acelerar a velocidade dos processos fisiológicos dos organismos. Podemos observar que as clorofíceas se fazem presentes em altas densidades somente na estação do verão.
A consequência mais comum das florações no ambiente aquático, é a modificação da transparência e turbidez da água, com alteração simultânea de seu gosto e odor. Cada espécie ou gênero emite um odor característico, por exemplo, Chlamydomonas confere à água odor de peixe, enquanto que Anabaena, Sceredesmus e Oscillatória, aroma de capim. Essas transformações tornam a água repulsiva para o uso recreacional e nociva para o abastecimento público.
A saturação e depleção de oxigênio, é outra possível consequência durante o período de floração, que pode durar de sete a vinte dias, ou ser permanente como no Lago Paranoá, em Brasília. Ocorre nas camadas superficiais dos corpos d’água, a saturação de oxigênio devido a intensa produção fotossintética das algas, a camada de saturação pode chegar a 1,50 m como consta na Represa de Itaúba, Rio Grande do Sul. A mortandade de organismos no meio aquático pode ser ocasionada pelas toxinas excretadas pelas algas em afloração.